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Bate papo com Cesar Picinin

A MIUT (Madeira Island Ultra Trail) ocorre na Ilha da Madeira – Portugal. O clima na ilha durante todo ano é bem fresco e no inverno bem frio. O clima, como em qualquer montanha, muda muito rapidamente e durante tantas horas de provas acabamos nos deparando com climas variados. Durante todo o percurso choveu muito e na hora da largada, por ter sido meia noite,  estava frio. Ao final da prova, a temperatura ficou mais amena, por conta do sol. O aeroporto da região é famoso pela dificuldade em pousar voos devido aos fortes ventos da região.

Como foi competir na Ilha da Madeira? Foi a sua primeira vez no local?
R.:
Foi a minha primeira vez na Ilha da Madeira. A MIUT é uma das provas mais conhecidas e desejadas e eu sempre quis poder correr nela, principalmente por gostar de provas com bastante ganho acumulado (a prova tinha 115k com 7200m). 


– Como foi a preparação para esse dia? Qual a rotina de treinos?
R.:
Havia feito inscrição em 2019 para participar da edição em 2020, mas devido à pandemia foram ocorrendo adiamentos até que finalmente chegou a hora de realizar esse sonho de correr a prova em 2022.

Como a MIUT estava como uma das provas em foco, foram 2 anos de preparação, desde 2019 fazendo outras provas, mas sempre tendo em mente que a preparação era realmente voltada para a MIUT?


– Sobre a natureza do local, o que mais te chamou atenção? Quais lugares teve oportunidade de conhecer que mais te impactou?
R.: O que impressiona na Ilha da Madeira é a facilidade de se acumular ganho de elevação. As subidas são muito íngremes e longas e quando percebemos já acumulou ganhos absurdos. A região do Areeiro e Pico Ruivo é incrível! Difícil até descrever, você corre por encostas em meio a um cenário mágico e à grande altura (chega a dar medo de tropeçar a cair).

– MIUT 2022 115k. Impressionante. Como foi esse percurso? Quais particularidades do trajeto?
R.:
Uma das características marcantes da prova são as escadarias. Há escadas de todas as formas imagináveis: trilhas, escadas com tocos de madeira, de cimento, ferro, com corrimão ou não, enfim são degraus infinitos a serem vencidos sejam subindo ou descendo (que inclusive são os que mais judiam do corpo).


– Quais momentos te desafiaram mais durante a prova?
R.:
O que mais me desafiou na prova e acabou gerando minha “quebra” foram as descidas longas, técnicas e escadarias. Meus quadríceps sentiram muito e apesar de não ter tido câimbras, senti muitas dores musculares e as pernas foram travando com o decorrer da prova. No final da prova eu não conseguia correr nas descidas e praticamente andava dando passos laterais para conseguir descer com os quadríceps travados.

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